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sexta-feira, 6 de julho de 2012

PREPARE A MENTE DE SEU FILHO PARA O FUTURO!

Oi mamães!! Oi papais!! Topam preparar seus guerreiros para o futuro? Embarquem nesse post: Tenho publicado inúmeras dicas sobre como cuidar de nossos pequenos fissurados. E me pego dia a dia percebendo que tão importante como cuidar da saúde física, é cuidar da saúde mental e emocional de nossos filhos, ou seja, de como estamos preparando nossos filhos para se tornarem adultos corajosos, independentes, fortes, humanos e vencedores, independente de serem ou não portadores de fissura ou qualquer outra característica. Este post então serve a todos os pais, mas os exemplos são direcionados a tudo o que tenho ouvido, lido e visto sobre a relação de pais e filhos fissurados.
Leiam estes dois casos:

Caso #1: Portador de fissura labial unilateral. Hoje com 17 anos. Loiro, olhos castanhos, universitário, tem uma namorada. É lindo, a cirurgia deixou uma marca quase imperceptível, só se vê a cicatriz quando se está muito perto, sua fala é normal (já que seu palato não sofreu com a fissura). Classe média alta. Tinha tudo para ser um vencedor não é? Pois na verdade é extremamente tímido, inseguro, tem dificuldade de socialização, sempre se sente diferente dos outros, acredita que quando não consegue algo é por causa da cicatriz, toda primeira experiência (seja um primeiro dia de aula ou novo local que entra) é sofrível, pois morre de medo de ser rejeitado, até porque ELE TEM CERTEZA de que VAI SER rejeitado. Ao ser perguntado sobre como os pais lidam com a fissura, a resposta foi: “eles nunca falaram comigo a respeito, é como se nada tivesse acontecido... só sei que algo diferente ocorreu porque me olho no espelho e fui atrás pra saber do que se tratava... também não me sinto a vontade para perguntar como foi minha história”.

Caso #2: Portador de fissura lábio-palatina bilateral. Hoje com 21 anos. Cabelos e olhos castanhos, universitário, tem uma namorada. Tem a voz um pouco anazalada, mas não é exatamente fanho. Não é um padrão de beleza (é um tipo comum, digamos assim). As marcas da cirurgia são um pouco mais visíveis e por ser uma fissura bilateral, a movimentação muscular dessa região é um pouquinho diferente de quem não é fissurado. Sorridente, diz ter uma vida absolutamente normal, e sempre a teve! Com olhos vivos e um tom de voz tranquilo, relata suas experiências no tratamento da fissura e as vitórias que alcançou. Relata com alegria como se tornou um profisisonal de sucesso. Explica que nunca teve problemas com relação à sua estética, NUNCA SE SENTIU DIFERENTE, nem pior nem melhor do que ninguém. “Diferente todos somos”, ele diz com segurança. Diz que mal se lembra da fissura no se dia a dia, ou seja, não vive em função dela. Explica que sua mãe sempre o tratou como aos outros irmãos, ou seja, respeitando o tempo de cada um deles e comemorando cada pequena vitória. Explicou muitas vezes a ele o que tinha ocorrido, sem lhe esconder nada e sem o tratar como coitadinho, e ele assim o fazia durante a infância com seus coleguinhas quando questionado sobre o que tinha em sua boquinha. NUNCA FOI TRATADO COMO COITADINHO pela bem humorada e carinhosa mãe solteira. Mesmo quando acontecia de ganhar um apelido na escola ou trabalho, ou de repente se tornava mootivo de piada, ele embarcava na brincadeira também, SE DIVERTIA, até que a piada perdesse força e o apelido acabava não pegando. Ele se intitula uma pessoa FELIZ. E de fato se vê a felicidade nos olhos brilhantes dele.

Responda rápido: como você quer que seu filho aja no futuro: de forma semelhante ao primeiro ou segundo caso? Saibam que ambos são casos reais!! Sim, ambos os personagens são na verdade pessoas de fato!! Como isso é possível: o mesmo “problema” ter resultados tão diferentes na vida de alguém??

Muitos pontos influenciam isso, mas eu, na minha modestíssima opinião, acredito que os pais tem uma parcela gigantesca de responsabilidade nessa forma de enxergar as coisas. Vou dar um outro exemplo desprendido da fissura. Imagine uma barata. E duas crianças. Uma delas vai lá e mata a dita cuja numa boa. A outra, grita, sai correndo. A criança que matou a barata deve ter que tipo de mãe: a que grita desesperada ao ver uma barata ou a que mata numa boa? E a segunda? Não preciso responder, né!!!!

Os padrões mentais que levamos para a nossa vida adulta é resultado da experiência de vida toda, desde o útero materno, até os dias atuais. Tomem muito cuidado com a forma como você lida com a fissura (tem chorado na frente do seu bebê? Tem medo de alimentá-lo? Tem medo de limpar a fissura?) Tome cuidado com os seus pensamentos, porque eles se refletem em palavras e atitudes sem querer (tem achado muito difícil cuidar de um fissurado? Tem se perguntado por que recebeu esse castigo? Você olha para o seu bebê e tem pena?). É comum esse tipo de pensamento aparecer alguma vez pela nossa mente, afinal, somos seres humnos!! Pura emoção!! Mas não torne isso um hábito!!!!!

O grande Eugênio Ferrarezi diz: “O que determina sua história é o que você escolhe ser e as referências e padrões comportamentais que recebemos na infância. Muitas vezes estes padrões dão origem a comportamentos que limitam nossa capacidade de realização para a conquista de nossos objetivos.”

E Nelson Mandela: “Uma boa cabeça e um bom coração são sempre uma combinação formidável”

Vou deixar uma dica importante aqui: Cuidado com o que você pensa, porque seus pensamentos se tornarão palavras. Cuidado com o que fala, porque essas palavras se tornarão atitudes. Cuidado com suas atitudes, pois elas se tornarão hábitos. Cuidado com seus hábitos, pois eles formarão seu caráter. Seu caráter guiará e determinará o seu destino.

Nós não temos como controlar o que sentimos, e cada um reage de uma forma ao que acontece, mas podemos e temos a escolha em nossas mãos sobre O QUE FAREMOS com isso... exemplo: alguém te dá um tapa na cara... você pode: devolver o tapa, xingar, socar o seu travasseiro para não devolver na pessoa, chorar, rir ou mostrar a outra face... e outras infinitas reações. Para cada uma delas, consequências virão, certamente. Imagine quais seriam as possíveis consequências para cada uma dessas reações... e escolha a sua atitude!!!! Você pode e deve escolher.
Se você perceber que lhe faltam recursos pessoais para conseguir agir diferente (de repente te falta força, coragem, paciência, segurança, sei lá... ) mas se perceber que tem algo que não consegue por algum motivo, vá em busca de conseguir essas qualidades que você acredita que lhe serão importantes para a sua e para a vida de seu filho!!!! Eu fiz e faço isso e digo: o resultado não tem preço. Somos seres humanos, falhos, porém “evoluíveis” (kkkkkkkk.. desculpe e invenção da palavra)... somos sensíveis por natureza, e o segredo não é se tornar insensível, e sim aprender a usar sua sensibilidade com inteligência emocional. Sou meeeega emocional, mas aprendi a utilizar outros recursos nos momentos em que eles são necessários... e são!!!!
Ah, e é claro: faça tudo com muito, muuuito amor!!!!! Bjos