A FALA

Olá galera... provavelmente esta não vai ser a primeira vez que vou abordar esse assunto, pq Clarinha obviamente não tem a fala completa ainda, é muito novinha. Mas quero compartilhar um pouco o que estamos vivenciando.

Sempre incentivei bastante a comunicação com minha bb. Desde muito pequena, aliás, desde que eu descobri que estava grávida, converso e canto pra ela. Além, é claro, de seguir as orientaçãoes da fono com relação a melhor forma de estimular audição, coisa fundamental para a fala, óbvio, mas algumas pessoas não se atentatm a estimular esta percepção.

Clarinha nos surpreende a cada dia, e começou a entender frases complexas já muito pequenina. Como eu estimulo? Bom, eu falo com ela normalmente, sem diminutivos, sem palavras erradas e confusas. No começo eu gesticulava, apontava, mostrava, fazia a ação correspondente para que ela associasse a palavra a imagem. Com o tempo, fui parando de usar a linguagem corporal para testá-la, para ver se ela estava compreendendo o que eu estava falando ou se ela seguia o comando corporal. Vou dar um exemplo: "Pega a boneca e traz pra mamãe". No começo, eu apontava a boneca e fazia um gesto para representar o trazer. Depois eu só falava, nem sequer olhava pra boneca, olhava nos olhos dela. E ela atendia aos comandos. Compreensão de comandos é ótimo sinal de que a criança não tem nenhum problema cognitivo, o que é tuuuuuuudo de bom, não é mesmo?
E fui ampliando isso, aumentando a complexidade das frases e ela sempre correspondendo. Nunca vou me esquecer de quando ela tinha 1 ano e 2 meses, um fato muito fofo acontenceu. Ela abriu a gaveta do berço e tirou todas as coisas lá de dentro. Eu olhei pra ela, sem tom de bronca e falei: "Nossa, você fez uma bagunça aqui, hein... bom, vou pentear meu cabelo no banheiro, na volta quero ver tudo arrumadinho, tá... " E fui, sem acreditar que ela fosse obedecer... heis que aquele pingo de gente entra no banheiro, toca minha perna e chama: mamã, mamã.. E eu perguntei: que foi? Ela segurou na minha mão, me levou até o quarto, e apontou para o chão, que não tinha nenhuma peça fora do lugar, e a gavetinha fechada com algumas roupinhas "escapando" pra fora... rs... parecia que queria dizer: olha só, eu arrumei tudo direitinho, como vc pediu...
Fiquei tão emocionada com a atitude dela.... ela arrumou e foi me chamar pra que eu visse!!!!!! ela tinha 1 ano e 2 meses!!!! elogiei, agradeci, e fikei toda babona.. rss..... mas o importante, eu reforcei, e ela nunca mais deixou de aprender coisas novas.

Esse é o começo para a boa fala: a compreensão da linguagem. A primeira forma que ela descobriu para se comunicar foi a corporal, claro, como a maioria dos bbs.

Agora, falar, literalmente... ela fala do jeito dela, se comunica, conversa o dia todo, com entonação, inflexão, expressão facial.... conversando mesmo. Só não dá pra entender o que ela fala, mas eu vou fazendo de conta que compreendo: "sério? nossa, filha... conta mais.... é verdade, você tem razão..." e por aí vai....

Palavras que possamos compreender ela fala poucas: mamã (mamãe), vovó, ála (água), mamá (mamar, mamadeira), nenê, anana (banana, às vezes sai anhanha), nhanha (aranha), ólea (olha)...
Tem muitos sons que ela ainda não consegue fazer (P, S, Sh, B, D, T, K, G, Z) e isso tem feito com que ela compense com outros sons. Isso pode ser um indício de que ela tenha propensão ao Distúrbio Articulatório Compensatório, e por isso já faço exercícios para aprender a trabalhar o ar na boca, mas por enquanto não tem dado muita diferença. Com isso, ela fala outras palavrinhas de um jeito bem particular: rorrô (cocô), rúrru (suco), moma (pomba), uúuu (azul), elelo (amarelo), memêleo (vermelho).... é mais ou menos isso q ela tem falado no momento, com 1 ano e 9 meses, e a linguagem dela, pra conversar e fazer de conta q é gente grande, como eu ja citei.

A gente faz exercícios em formato de brincadeira (bafinho no espelho ou na janela o quarto, soprar catavento, soprar pedacinhos de papel, etc) e qdo peço pra falar palavras com a letra P, eu falo tampando o meu nariz para que ela faça tb, e ela imita, e aí o som sai quase bom... papai, por exemplo, se ela não tampar o nariz, sai mamá... se tampar, sai babá... eu peço pra falar mais forte (pq aí coloca mais ar) e aí sim sai papá....

Fora isso, continuo estimulando, com conversas, com música q ela sempre amou, jogos e brincadeiras... e aguardando pra ver como vai ficar a fala dela. Reconheço que passei um tempo ansiosa com isso, e só resolvi escrever este post, depois da ansiedade passar.. pq não adianta nada a ansiedade, só atrapalha...

Acho que é isso, galera.... quem quiser colaborar com suas experiências... façam isso, please... bjossssssssss